Pensar Doctor Who simplesmente como uma ficção científica é
dúbio em vários aspectos e em alguns deles, incorreto. A série, em seus
orgulhosos 50 anos, mostrou-se muito mais do que "aventuras através do
espaço", adquirindo, ou incorporando, um caráter lúdico e filosófico muito
mais forte do que qualquer telespectador raso poderia imaginar, e que só pode
ser percebido quando se permite pensar além dos paradigmas a que estamos
condicionados. E é exatamente isso que Doctor Who faz! O grande mérito da série
é te levar por caminhos onde o ridículo é uma questão de ponto de vista, e o
conceito vale mais que a execução.
As viagens da TARDIS revelam mundos
fascinantes, bobos, e também os dois ao mesmo tempo, afinal de contas a
provocação é recorrente: "porquê não?", e diante de seres que habitam
os locais mais inusitados de nosso universo (e também de outros), é perceptível
o esforço da série em fazer com que julguemos nossas características, expressas
em criaturas estranhas "passiveis de julgamento" (afinal de contas o
ser humano não possui o costume de se julgar).
Doctor Who é um passeio através
da natureza humana, extrapolada a dimensões inimagináveis e questionada a cada
episódio. Se você é daqueles que não se limita ao imaginar, e se vê, com
relação ao universo como algo realmente pequeno e grande ao mesmo tempo, se
você gosta da ideia de que há coisas por aí que a imaginação humana não está
nem perto de conceber e, principalmente, se você olha pro céu e ao invés do
vazio, vê o infinito, essa série foi feita para você!
O especial de 50 anos do Doutor foi, sem dúvida, o maior
presente que os fãs da série poderiam ter recebido! Ele foi, indiscutivelmente,
feito para fãs e diante disso as explosões de nostalgia e empolgação que
percorreram os que, assim como eu, esperavam ansiosamente, foram mais que
merecidas, traduzidas como um grande: MUITO OBRIGADO! Foram cinquenta anos de
reinvenção e genialidade que cativaram gerações através do mundo, unidas na
mais épica interseção de eras, rostos e personalidades, unidos em uma pessoa, o
homem louco em uma caixa, aquele que tantas vezes nos salvou, em vários
aspectos:
Obrigado DOUTOR! Todos os 13!
ALLONS-Y!
GERÔNIMO!
GALLIFREY STANDS!
~Batalha
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