Ano de 1995, eu seguia a rotina de acordar cedo e acompanhar a programação infantil que tomava conta da Globo e SBT, programas da vovó Mafalda, Bozo, Xuxa ou Mara Maravilha brindavam as manhãs impecáveis para qualquer criança.
Mara Maravilha, Bozo e Xuxa |
Acompanhar os desenhos e aventuras dos teus personagens
preferidos era maravilhoso, podia citar vários exemplos de desenhos que
marcaram aquela época, mas o que vou falar neste texto é sobre a etapa seguinte
da interação com o televisor, onde passávamos a interferir com o que acontecia
ao personagem, indo “viver” as aventuras propostas: Quando comecei a entrar no
mundo do vídeo-game.
Bons tempos nas "locadoras" de hora |
Minha relação com vídeo-game começou de fato ao ir com dois
dos meus amigos, Rodrigo e Davi, a uma locadora perto de casa jogar um certo
videogame cinza. O jogo em questão era o Power Ranger, a primeira de todas as
versões que acabara de ser tornar sucesso na Globo. Lógico, já que eu começava
a entrar em um universo novo, deveria ter algo familiar. Logo fui aprendendo a
jogar e me tornando cada vez melhor neste jogo, característica presente nos
jogos da época, uma vez que repetíamos várias vezes a mesma fase conforme as
“vidas” acabavam e tínhamos que jogar desde o início.
Primeiro de muitos jogos 16 bits dos Power Rangers, e meu primeiro "vício" nos games |
Iniciou uma rotina de irmos todo sábado à locadora, variando
os games jogados e os que observávamos outros jogando, a variedade era muito
interessante, não demorou até que eu pedi aos meus pais para ganhar um
vídeo-game valendo o dia das crianças, o natal e meu aniversário (sim, as
negociações eram difíceis ^^’). Depois de alguns meses, já me novembro,
finalmente fomos até a loja e eu iria trazer o meu vídeo-game.
Eu não sabia de nada sobre os consoles, apenas pensava nos
jogos que eu queria comprar posteriormente e qual já levar, só que, pra minha
surpresa, não havia nenhum dos jogos que eu conhecia. Fiquei meio sem saber
qual escolher. O cinza que eu já havia visto antes ou o preto? O Super ou o
Mega? Fui para o teste-drive.
Donkey Kong Country - SNES |
SONIC 2 - Mega Drive |
O console “Super” vinha com um jogo muito simpático de um
macaco na floresta colhendo bananas e pulando nos animais “malvados”, gostei do
jogo e tempos mais tarde viria a se tornar um dos meus jogos preferidos do SNES
(já devem imaginar qual era), porém... ao testar o jogo que vinha no console
Mega... era simplesmente um porco espinho azul que atravessava a tela em uma
velocidade que até então não tinha visto em nenhum jogo, com uma música
empolgante e viciante, e uma jogabilidade incrível. Pronto! É esse! Mega Drive,
eu escolho você!
Caixa do Mega Drive III |
E assim começou a minha história com o console da Sega. Ao
chegar em casa, ainda tive que esperar o dia seguinte para começar a jogar, uma
vez que já era noite, justamente a noite do último capítulo da novela “A
próxima vítima”, pois lembro até hoje da noite onde todos foram dormir mais tranqüilos
por saberem afinal quem era o assassino, enquanto que eu quase não dormi de tanta
ansiedade pra começar a jogar o, finalmente, meu primeiro vídeo-game. E enfim,
na manhã seguinte, bem cedo, pude começar a jogar aquele marcante vídeo-game de
16 bits, mas essa história em diante contarei em outra oportunidade...
~Marcivaldo Lira
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