No mundo da ficção, em diversas
formas de mídia, o assunto disparado como o mais recorrente é o eterno
confronto do bem contra o mal, quase sempre apresentando de forma clara sobre
quem é o mocinho e quem é o vilão, e pra quem o espectador/leitor/gamer deve
torcer até o fim, por este ser o herói.... eu disse “quase sempre”, pois essa
fórmula tem sido mudada ao longo de décadas com a apresentação de personagens
que trazem uma nova dimensão de sua personalidade e de seus atos. Atos estes
que antes eram claramente vistos como exclusivos de vilões, mas que agora são
mostrados sobre outras óticas, dentro de contextos que nos fazem refletir sobre
as motivações, conflitos, causas e o que seria “certo” ou “errado”... ou
nenhuma destas. Outras vezes, não, o vilão é este, pronto! mas o personagem se
mostra tão interessante, que queremos saber mais sobre ele, mesmo sabendo de suas
ações e que devemos temê-lo e sair correndo.
Enfim, cada vez mais estes vilões
acabam chamando atenção e se tornando os personagens principais de tramas,
mesmo cometendo um dos piores pecados e crimes de todos: assassinatos. Vamos
fazer nossa pequena lista sobre alguns destes protagonistas homicidas em
diversas mídias que valem a pena serem conferidas, com vocês PRATICAMENTE
INDICA! ASSASSINOS PROTAGONISTAS.
FILME: O SILÊNCIO DOS INOCENTES (The
Silence of the Lambs)
Filme de 1991, baseado no livro
de Thomas Harris, mostra a agente do FBI Clarice (Jodie Foster) sendo
encarregada de resolver o caso de um assassino em série, que após matar suas
vítimas, sempre mulheres, arranca a pele delas. O serial killer se mostra, além
de violento, muito inteligente, o que dificulta a sua captura, tanto que Clarice
decide recorrer a uma ajuda inusitada, e então somos apresentados ao melhor
personagem do filme. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) é um psicopata
considerado altamente perigoso e condenado à prisão perpétua pelo assassinato
de 9 pessoas com práticas de canibalismo.
O Silêncio dos Inocentes - 1991 |
Lecter se demonstrar uma pessoa
extremamente inteligente e conhecedora da mente de um serial killer, e que com
seu auxílio o caso poderia ser resolvido muito rapidamente, só que não é tão
fácil assim conseguir a sua ajuda... Começa então uma série de jogos
psicológicos com a agente, que se vê em situações tensas e perigosas à medida
que avança nas investigações por dicas de Lecter, mas também precisa expor sua
vida e coisas pessoais ao canibal como uma condição para obter a colaboração do
mesmo.
A tensão, revelações e reviravoltas vão aumentando com o decorrer deste
ótimo filme que, aliás, ganhou 5 oscars (Melhor Filme, Ator, Atriz, Diretor e
Roteiro adaptado). Recomendo bastante que vocês confiram esse grande filme e conhecerem um dos personagens mais conhecidos e referenciados do cinema, caso ainda não o tenham assistido.
Tensas conversas e "condições" para se conseguir a ajuda de Lecter. |
SÉRIE: DEXTER
Série americana de suspense/drama
que iniciou em 2006, contou com 8 temporadas, encerrando em 2013, foi baseada na
obra de Jeff Lindsay “Darkly Dreaming Dexter” que conta a estória de Dexter
Morgan (Michael C. Hall), um especialista forense em amostras de sangue, do departamento de
polícia de Miami, mas possui uma dupla identidade, também é um assassino em
série com diferentes padrões, e com uma particularidade: Suas vítimas são outros
assassinos que a polícia não consegue prender ou a justiça condenar. Ao longo
da série é mostrada sua infância trágica, sua adoção, o surgimento das
tendências homicidas e a forma que seu pai adotivo, um policial, encontra para
canalizar estes extintos para algo que ele julga ser mais “correto” e “do bem”.
O interessante é você acompanhar
os passos de Dexter, que de dia consegue rastrear detalhes que provam a culpa
dos assassinos e descobrir brechas para atacá-los (o fato de também possuir uma
mente de serial killer ajuda) o que acontece à noite. Só que logo seus próprios
colegas de trabalho estão investigando os atos desse “desconhecido” serial
killer, sem saber que se trata do próprio especialista em sangue, e aí está um
ponto forte da série, que além de apresentar boas atuações e ótimo roteiro, nos
faz pensar bastante no fato de que estamos praticamente torcendo pelo
protagonista, por pelo menos levarmos em consideração a hipótese de suas ações
serem justificadas, mesmo sabendo que se trata de um assassino em série. Quem ainda não acompanha, comece a assistir e diga se ele merece ou não ser descoberto.
MANGÁ/ANIME: DEATH NOTE
Outro exemplo da ideia de “Os
fins justificam os meios”, temos o excelente mangá/anime Death Note. Imagine
se, de repente, você encontra uma forma de acabar com a vida de qualquer pessoa
de uma maneira segura e sem deixar vestígios. Parece assustador não é? É algo
terrível de se pensar... mas, e se as vítimas escolhidas forem criminosos... Já muda um
pouco? E se forem outros assassinos? Pessoas perigosas para a sociedade cuja
não existência desses poderia tornar o mundo um "lugar melhor"? Cabe a alguém ter
o poder de julgar isso? Certamente muitos discordariam, mas outros apoiariam esse ato, até como uma
justiça divina, e o autor disso tudo seria considerado um verdadeiro benfeitor,
ou mais do que isso...
Essa é a idéia contada neste
mangá/anime, onde Light Yagami, um jovem extremamente inteligente e decidido, sendo
o melhor estudante do Japão, encontra jogado no chão um estranho caderno com o
título Death Note. Curioso, ele leva o caderno pra casa e é surpreendido com a
aparição do dono do caderno: um Shinigami(algo como "espírito da morte") de nome Ryuk. O Shinigami então
explica o poder do Death Note que é o de matar qualquer pessoa cujo nome seja
escrito nele, desde que a pessoa que escreveu o nome conheça o rosto da vítima,
mentalizando sua face.
Light fica intrigado e começa a
fazer testes, escolhendo criminosos condenados à morte, vistos em noticiários,
e comprova a eficiência do caderno, e começa a acreditar que pode “limpar” o
mundo de criminosos, chegando a se considerar um Salvador de todos, e até um
futuro governante do mundo, dado sua inteligência e o poder que agora possui, apesar de
permanecer oculto. A trama decola quando, após várias mortes inexplicáveis de
criminosos, o FBI é chamado e, logo em seguida um famoso detetive conhecido
apenas como “L” é convocado. L é um outro jovem, com inteligência e capacidade
de dedução muito acima do normal, o que faz conseguir desvendar várias
características, como o fato do assassino (que chamam de Kira) estar no Japão e
conseguir matar as pessoas sem estar na presença das mesma.
Começa então um verdadeiro jogo
psicológico entre Kira (Light) e L, mostrando as táticas e deduções que cada um usa para superar o outro, o que faz com que Light, inclusive, passe a usar o Death
Note com pessoas que não são criminosas, mas que estariam perto de descobrir
sua identidade, tornando suas ações não tão “nobres”, mas que para ele, são justificáveis
para um “bem” maior. Vale muito a pena acompanhar o mangá ou assistir ao anime (Tem
no Netflix ^^).
DIVIRTAM-SE!
~Marcivaldo Lira
Eu adoro anti-heróis :) .
ResponderExcluirLollie, vc por aqui!!! Que Alegria!!
ExcluirComentando um post meu! Que orgulho!!!
O Post sobre assassinos!! Que medo!!
hehe
Espero que tenha gostado, minha amiga. Abraços =)
Adorei esse post. Sério, os vilões têm algo de encantador nas suas "vilanices". Não que eu seja a favor, muito pelo contrário, torço pelos heróis, mas é sempre válida a tensão que os "inimigos" causam na trama. Agora, sendo os vilões também os salvadores da pátria, a coisa já melhora bastante! Adorei conhecer esses protagonistas, e fiquei bem interessada no Death Note - não, ainda não comecei a assistir, vergonhosamente, rs, mas o farei. =)
ResponderExcluirAssista mesmo, vais gostar bastante =D Fico muito feliz quando a ideia da indicação surte efeito, hehe. Abraços minha amiga
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