PRATICAMENTE INDICA! - PAIS

Mês de agosto, dia dos pais chegando e cada um celebrando da sua forma, seja com Lembrancinhas, abraços ou qualquer outra forma de afeto que mostre nosso apreço e carinho pelos nossos genitores. Dando presentes, ou sempre estando presentes (^^). E nós do Praticamente Inofensivos resolvemos relembrar alguns pais da cultura pop, em uma pequena lista (quase aleatória mesmo) de alguns nomes que vieram em mente, até porque existem muuuitas obras que apresentam as relações “pai e filho” como pontos principais, sejam no sentido de proteção, revelações, conflitos ou companheirismos. Com vocês, Praticamente Indica: PAIS.



FILME – À PROCURA DA FELICIDADE
Filme lançado no final de 2006, baseado em uma história real, fala sobre Chris Gardner (Will Smith), um pai de família que passa por sérios problemas financeiros depois que um grande investimento em aparelhos médicos, feito com sua esposa, fracassa. Tudo piora quando, mesmo tentando manter a família unida, sua esposa resolve abandoná-lo e tentar reerguer-se sozinha, deixando Chris com a responsabilidade de cuidar do filho, Christopher (Jaden Smith) de apenas 5 anos. Chris então tenta mostrar suas habilidades como vendedor, conseguindo uma vaga não-remunerada em um programa de estágios de uma grande e importante corretora de ações, com a esperança de que reconheçam sua capacidade e o contratem futuramente.

Ao longo do filme acompanhamos a luta de Chris para conseguir coisas básicas, como um lugar pra dormir, já que foram despejados de onde moravam, e ter uma alimentação para ele e seu filho, enquanto trabalha e estuda arduamente para conseguir mostrar bons resultados na empresa, sempre com a esperança de conseguir o emprego.
Uma das inúmeras lições que Chris ensina ao filho, no meio de tantas adversidades.
Por vários momentos vemos tudo dar errado para Chris, fazendo-o quase chegar ao fundo do poço, o que faria muitos desistirem e passarem a ter uma vida cheia de lamentações, porém essas dificuldades são transformadas em oportunidades para se tentar fazer diferente e melhor, e somada à motivação de ter que cuidar de Christopher, que o dá mais razões de vencer, Chris continua sempre seguindo em frente, passando por desesperos e angústias, mas sempre com esperanças de conseguir alcançar a vitória, o reconhecimento de seus esforços e a tão almejada felicidade para ele e seu filho.

Os verdadeiros Chris e Christopher Gardner
O filme é extremamente emocionante, nos apresentam muitas lições de força de vontade e superação do protagonista, sempre tentando confortar e proteger seu filho, ao mesmo tempo em que este faz com que o pai não perca as esperanças e tenha um ótimo motivo a mais para lutar.


Um ponto importante a ser ressaltado é a grande química entre pai e filho do filme, muito por terem sido interpretados realmente por pai e filho na vida real. Jaden é o segundo filho de Will Smith, e tinha 8 anos no lançamento do filme. Ambos voltaram a contracenar juntos no filme Depois da Terra, de 2013.


Outra curiosidade acontece na cena final do filme, onde Will e Jaden estão conversando pelas ruas, um senhor passa por eles, e Will o olha por um momento, voltando a conversar com o filho em seguida. Esse senhor é o verdadeiro Chris Gardner, que foi convidado a fazer esta participação no filme. Hoje, Chris é um dos homens mais ricos dos Estados Unidos e reconhecido mundialmente por trabalhos filantrópicos.




CURTA-METRAGEM – CARGO
Você está no meio de um apocalipse zumbi, com sua filha ainda bebê, e você foi mordido... Esse é o enredo deste incrível e emocionante curta-metragem de apenas 7 minutos, finalista do Tropfest Austrália 2013, a mais importante premiação de curtas do mundo.

Dirigido por Ben Howling e Yolanda Ramke, o curta usa o tema dos zumbis, cada vez mais presente na cultura pop em filmes, séries e quadrinhos, e apresenta esse pequeno drama de uma forma espetacular. O pai sabe o que significa ser mordido e que vai morrer, assim como sua esposa que também se transformou em zumbi antes, mas ele tem sua filha em seus braços, e mais ninguém para cuidar dela. Se a abandonar estará condenando-a à morte, e se não fizer algo a tempo, ele mesmo poderá ser o responsável por tirar a vida dela, quando se transformar. Então ele usa o pouco tempo de vida e sanidade que ainda lhe resta, e tenta fazer de tudo para garantir a sobrevivência de sua filha. Vale muito à pena conferir.


CENA DE FILME – ROCKY BALBOA
Existem grandes momentos no cinema onde mostram pais procurando, a todo custo, proteger seus filhos dos perigos do mundo, fazendo de tudo por eles, como no filme “A vida é Bela” de Roberto Benigni, poupando-os de grandes e duras verdades, porém, há momentos em que o melhor a se fazer é mostrar que o mundo é sim muito difícil e complicado, e que muitas vezes irá nos derrubar, mas que devemos sempre ser mais fortes, levantar e não desistir, tantas vezes forem precisas, ou seja, é hora de crescer e compreender uma grande lição! E essa lição é muito bem mostrada por Sylvester Stallone em um excelente diálogo no filme Rocky Balboa (que em minha opinião é o melhor da antologia, depois do primeiro), onde o filho reclama por sempre viver à sombra do sucesso do pai, tornando mais difícil ele conseguir mostrar feitos próprios e sua capacidade, chegando até a pedir ao pai desistir de fazer uma última luta, que ele tanto quer, pois isso o colocaria mais em evidência e poderia dificultar mais ainda as coisas para o rapaz. A resposta que o personagem Rocky dá ao filho merece ser lembrada.



GAME – GOOF TROOP
Deixando o clima mais animado e indo fundo na nostalgia, lembrei de um ótimo jogo do SuperNintendo, o qual controlávamos pai e filho bem conhecidos de todos: Pateta e Max. O jogo foi lançado em 1993, era do estilo ação/aventura/puzzle e foi desenvolvido pela Capcom. Foi baseado em um desenho de mesmo nome, aquele que passava no SBT no Disney CRUJ (Comitê Revolucionário Ultra Jovem! lembram? ^^).


A história do jogo mostra que, em um dia de sol, Pateta, Max, Bafo e BJ saem em uma pescaria de Pais e Filhos, quando são surpreendidos por um gigantesco navio pirata que sequestra Bafo e seu filho. Cabe a Pateta e Max segui-los até uma ilha e iniciar o resgate.


O jogo consistia em cinco “mundos” (praia, vila sendo atacada, castelo assombrado, montanhas e navio pirata), onde você controlava o Pateta ou o Max, ou ambos no modo 2 players (o melhor pra se jogar), e precisa passar por telas eliminando inimigos e resolvendo enigmas para contornar de certas situações, sim! não era um jogo de andar e bater apenas, mas sim de botar a cabeça para funcionar e resolver os quebra-cabeças que permitem sair de uma área e ir para outra.

Os jogadores, para derrotar os inimigos, contam com diversas “armas” como pedras, flores, vasos e barris, além de itens com várias funções diferentes seja para atordoar os inimigos ou alcançar espaços específicos, cabe ao jogador descobrir a melhor forma de usá-los, lembrando que é um jogo dos anos 90, sem muitas “dicas” e tutoriais aparecendo o tempo todo na tela para mostrar como usar o item.



Lembro que a primeira vez que joguei foi em um cartucho de 8 em 1, no qual para mudar para o jogo seguinte da lista jogo tínhamos que resetar o console (hehe), e este foi o jogo que mais joguei com tardes e mais tardes de um ótimo, divertido e estimulante entretenimento. Quem nunca jogou, procurem em emuladores e conheçam um ótimo game de pai e filho da geração 16bits.


SÉRIE – EU, A PATROA E AS CRIANÇAS
E finalizando a lista de indicações, lembramos do ótimo Sitcom americano que fez e ainda faz muito sucesso no SBT: My Wife and Kids, que no Brasil ganhou o nome de Eu, a Patroa e as Crianças, e em Portugal o peculiar nome de Patriarca com Estilo (Eita!). 

A série teve início em 2001, começando a ser exibida no SBT em 2002, e durou 4 temporadas, sendo exibida até hoje na emissora do homem do baú. Conta as histórias da família Kyle, compostas de 5 pessoas: o filho mais velho Michael Kyle Jr (George O. Gore II), Claire (Interpretada inicialmente por Jazz Raycole, e posteriormente por Jennifer Nicole) a filha do meio e típica adolescente americana, e a caçula Kady (Parker McKenna Posey), além da esposa Janet "Jay" Marie Kyle (Tisha Campbell-Martin) e, do personagem de maior destaque da série, Michael Kyle, interpretado por Damon Wayans.


Os personagens da série, episódios e elementos marcantes ficam pra outro momento, pois queremos dar ênfase no "Sr. Kyle", como também é bastante chamado. Tenho uma amiga que ao se referir à série sempre diz coisas como “Vamos assistir o Sr. Kyle”, “Ontem vi um episódio do Sr. Kyle” ou algo do tipo, não porque os outros personagens não sejam bons, pelo contrário os outros 4 e muitos coadjuvantes fazem ótimos trabalhos na série, mas é que Damon rouba a cena sempre em cada episódio da série.


Michael é um bom marido e pai moderno que procura sempre dar lições aos filhos das formas mais criativas e inesquecíveis, criando assim um estilo único de lidar com situações do cotidiano. Seja infernizando a vida dos filhos tirando muitos confortos para mostrar que é importante seguir regras, ou forjando um flagra ao descobrir que a filha saiu de casa sem avisar, com direito a foto para o seu “Mural da vergonha”, Michael nunca perde a chance de mostrar que está certo, dar lições e se divertir um pouco.

Além disso, muito diálogos e frases marcantes são de autoria do personagem como a interminável despedida “Até logo, até mais ver, bon voyage, arrivederci, até mais, adeus, boa viagem, vá em paz, que a porta bata onde o sol não bata, hasta la vista, não volte mais aqui, escafeda-se, e saia logo daqui”, ou o grito de guerra “Buiatchaka!!!”, e o inconfundível “EEEEEE.... não!”. É dificil alguém não ter assistido pelo menos algum episódio desta série, mas se você ainda não conferiu as histórias deste pai excêntrico e sua família, ainda há tempo, altamente recomendado por nós. Programa pra toda família.


FELIZ DIA DOS PAIS!!!


~Marcivaldo Lira.

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